Organizações e Modelos de Homens: a Exclusão do Sujeito nas Teorias Administrativas
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/roc.v19n38p3-26Resumo
O objetivo desse artigo é fazer algumas considerações sobre a
concepção de sujeito, para os estudos organizacionais, tendo
em vista o avanço dos estudos sobre o tema nesse campo. Para
isso, na primeira parte, abordamos os modelos de homem nas
teorias administrativas - Econômico, Social, Administrativo, Organizacional,
Funcional e Complexo – evidenciando como essas
abstrações se distanciam de uma concepção de sujeito, para, na
seção seguinte, recorrer à constructos da filosofia e da psicanálise
lacaniana para esboça-la. Na terceira parte, abordamos o conceito
de sujeito falta-a-ser lacaniano, apresentando o mesmo como
um sujeito político, fundamental para a inserção de mudanças
na sociedade, nos grupos e nas organizações. Na quarta parte,
à guisa de conclusão, abordamos uma perplexidade: o sujeito
político tem como motor a pulsão anarquista, que resulta de uma
separação do corpo social, trazendo a difícil questão de como o
impulso de mudança e transformação do sujeito é reconduzindo
para o campo coletivo. Nessa operação, observamos a tendência
dos sujeitos se reduzirem a indivíduos, integrando-se ao amor
ideológico, rendendo-se à fantasia dos modelos de homem, que
tende a excluir a noção de sujeito das teorias administrativas.
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