Educação, catequese e resistências indígenas no recôncavo baiano do Século XVI: a religiosidade dos povos originários manifesta como catolicismo às avessas

Autores

  • marcos Roberto de Faria Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG

DOI:

https://doi.org/10.15603/2176-1043/el.v27n1p79-93

Resumo

O objetivo primeiro desse texto é descrever os indícios de relações entre a catequese ensinada pelos jesuítas em seus aldeamentos e o movimento indígena, que ficou conhecido como santidade, no Recôncavo Baiano do século XVI. Para tanto, recorre-se a algumas cartas de Manuel da Nóbrega e José de Anchieta e a autores que se dedicam a essa questão, dentre os quais Vainfas (1995 e 2005), Hermann (2000) e Clastres (1978). O trabalho também trata da visitação promovida pelo Tribunal da Inquisição à Província do Brasil em 1591, a fim de circunscrever a maneira pela qual os inquisidores, dentre os quais os jesuítas, lidam com as práticas indígenas nesse período e como essas práticas são representadas por aqueles que as condenam. Esse trabalho faz, portanto, um cruzamento entre as cartas jesuíticas e alguns autores que se dedicam ao estudo da religiosidade indígena nas terras brasílicas do século XVI e considera os movimentos indígenas como expressão de resistência anticolonial.

Biografia do Autor

marcos Roberto de Faria, Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG

Professor do Programa de Pós-graduação em Educação; Doutor em Educação: História, Política, Sociedade pela PUC/SP

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Publicado

2024-10-11

Como Citar

Faria, marcos R. de. (2024). Educação, catequese e resistências indígenas no recôncavo baiano do Século XVI: a religiosidade dos povos originários manifesta como catolicismo às avessas. Educação & Linguagem, 27(1), 79–93. https://doi.org/10.15603/2176-1043/el.v27n1p79-93