A construção do campo epistemológico das ciências da religião Diferentes abordagens – das origens à contemporaneidade
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Resumo
O artigo retoma o tema das origens da concepção de religião na modernidade e revisita as suas definições inaugurais, elaboradas na emergência dos primeiros estudos sistematizados realizados em universidades europeias. Para tanto, examinam-se as contribuições basilares de Max Müller, reconhecido como o precursor das ciências da religião, buscando reconstituir essa trajetória de desenvolvimento epistemológico da disciplina. O que, implicou na problematização acerca dos limites desse conceito moderno de religião em face à experiência religiosa cotidiana de sujeitos particulares imbricados no contexto do pluralismo contemporâneo. Desse modo, cientistas da religião dedicados a apreender a religião vivida cotidianamente e interpretada pelos sujeitos comuns, não-eclesiásticos, têm se deparado com realidades religiosas plurais, diante da quais, esses sujeitos investigados proferem seus próprios arranjos pessoais, que por sua vez, escapam à lógica cartesiana e apreendem diversas variações, que vão desde a manifestações de sincretismos, múltiplas pertenças e trânsitos religiosos a expressões culturais dispersas em espaços seculares. A pesquisa recorreu a uma revisão bibliográfica, com o intuito de recobrir essa discussão de caráter epistêmico, que de tempos em tempos precisa se reascender entre os pesquisadores da religião.
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