Direitos reprodutivos na Polônia: o medo dos políticos frente à arrogância da Igreja

Autores

  • Jacqueline Heinen
  • Stéphane Portet

DOI:

https://doi.org/10.15603/2176-0985/mandragora.v25n1p247-266

Resumo

A Igreja Católica polonesa alcançou o seu prestígio graças ao papel desempenhado na resistência contra a ocupação estrangeira, no século XIX, e depois durante o regime comunista. Ora, a sua influência cresceu consideravelmente graças à Concordata firmada com o Estado pós-comunista e aos vínculos formais ou informais estabelecidos com os partidos políticos. Como ilustrado pela lei sobre a proibição total do aborto adotada em 1993, o catolicismo constitui de facto a religião do Estado neste país formalmente laico. Apesar do recuo dos princípios religiosos em matéria de sexualidade e procriação, a maior parte dos políticos evita criticar a Igreja sobre esses assuntos controversos. Por isso, as feministas encontram sérias dificuldades na defesa dos direitos das mulheres – e a adesão à União Europeia não mudou quase nada neste campo.

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Publicado

2024-11-14

Como Citar

Heinen, J., & Portet, S. (2024). Direitos reprodutivos na Polônia: o medo dos políticos frente à arrogância da Igreja. Mandrágora, 25(1), 247–266. https://doi.org/10.15603/2176-0985/mandragora.v25n1p247-266

Edição

Seção

Dossiê: Religião e política: as mulheres encurraladas