Religiosidades em trânsito: as motivações declaradas por mulheres e homens para a mobilidade religiosa na IEAD-MSBC

Autores

  • Emerson Roberto da Costa

Resumo

O campo religioso brasileiro apresenta, em sua configuração atual,
uma formatação identitária extremamente diversa daquela observada
em décadas anteriores. A partir dessa consideração, emerge uma
problemática significativa – como compreender essas mudanças? Por
que um cenário, antes extremamente resistente a transformações,
agora se abre aos ventos modernizantes permitindo a recomposição
de suas formas religiosas?
Ora, a construção de novas identidades e a reordenação dos padrões
religiosos podem ser compreendidas a partir do fenômeno do trânsito
religioso considerando ser possível identificar na movimentação dos
sujeitos uma dinâmica que estabelece alterações, tanto no caráter
institucional e litúrgico dos grupos quanto na vivência prática dos
fiéis, promovendo inéditos e provisórios sistemas simbólicos. Diante
da multiplicidade de oferta, os sujeitos apresentam uma mobilidade
incessante em um processo de ressignificação permanente formando
efêmeros mosaicos nos quais se distinguem múltiplas cores,
formas, espaços, demandas, motivações, comportamentos, interesses,
habitus, tradições, símbolos, disposições, estratégias, gostos e
combinações.
A partir dos postulados das Ciências da Religião, este artigo propõe-se
a analisar esse evento tendo como universo de observação a Igreja
Evangélica Assembleia de Deus (IEAD, Ministério São Bernardo do Campo (MSBC). Objetiva demonstrar, mediante a interpretação do conjunto de dados obtidos em pesquisa de campo correlacionado
com os fundamentos teóricos, quais são as motivações de gênero,
classe, geracional e de etnia para o trânsito de homens e mulheres
que circulam das mais diversas alternativas para esse grupo religioso.

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Publicado

2024-12-14

Como Citar

Roberto da Costa, E. (2024). Religiosidades em trânsito: as motivações declaradas por mulheres e homens para a mobilidade religiosa na IEAD-MSBC. Mandrágora, 19(19), 17–44. Recuperado de https://revistas.metodista.br/index.php/mandragora/article/view/1239

Edição

Seção

Artigos