Eqüidade de Gênero: Uma Questão de Justiça Social e de Combate à Violência -Idéias Religiosas como Angulo de Análise

Autores

  • Carolina Teles Lemos

Resumo

A violência doméstica é uma realidade soci­al gritante. A maior parte dos casos de vio­lência doméstica é perpetrada por homens. O que faz com que homens se autorizem praticar violências contra mulheres e o que faz com que mulheres permaneçam em situações de violência? Nossa hipótese, para responder a essas questões, é que grande parte das idéias religiosas presentes em nos­sa cultura é proveniente da tradição judaico­cri s tã. Essa tradição é marcadamente misógina no que tange às concepções de mulheres e homens, uma vez que coloca como prioridade do sagrado (divindade), na maioria das vezes, pessoas do sexo mascu­lino. Às pessoas do sexo feminino reserva um lugar secundário ou as coloca enquanto portadoras do mal. Essas idéias contribuem para uma identidade de gênero feminina com baixa auto-estima, em contrapartida a uma identidade masculina com auto-estima elevada. Mulheres com baixa auto-estima, carregando dentro de si uma permanente sensação de culpa pelos males do mundo, estão certamente mais predispostas a serem "corrigidas" e vigiadas, o que as expõe a situações de violência

Downloads

Publicado

2025-01-07

Como Citar

Lemos, C. T. (2025). Eqüidade de Gênero: Uma Questão de Justiça Social e de Combate à Violência -Idéias Religiosas como Angulo de Análise. Mandrágora, 7(7-8), 76–88. Recuperado de https://revistas.metodista.br/index.php/mandragora/article/view/1460

Edição

Seção

Parte II - Violência, Gênero e Religião