Maria e o feminino na doutrina Daimista

Autores

  • Andreia Cristina Serrato
  • Amanda Vicentini

DOI:

https://doi.org/10.15603/ma291133-150

Resumo

Na mesma direção de um revival das sabedorias e medicinas ancestrais indígenas, experimentamos o resgate de um feminino sagrado e da sua relação com aspectos da natureza. O Santo Daime é a mais antiga e conhecida religião ayahuasqueira, e sua origem se dá quando Mestre Irineu, fundador da doutrina, tem um encontro com uma entidade feminina, que seria ao mesmo tempo a “Rainha da Floresta”, ou ainda a “Virgem da Conceição”. Aqui vemos o sincretismo que é assumido entre uma perspectiva xamânica e católica. No conteúdo doutrinário daimista composto por músicas, Maria é representada no seu aspecto materno e feminino e na relação com os elementos da natureza. Para tanto, este artigo pretende trazer uma abordagem histórica de como Maria e o feminino se apresentam nesta religião e como elas se relacionam com os elementos da natureza. Uma análise hermenêutica dos hinos Lua Branca, Mãe Celestial e Sol, Lua, Estrela, nos ajudam a entender as interrelações da imagem arquetípica de Maria no seio da tradição daimista.

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Serrato, A. C., & Vicentini, A. (2024). Maria e o feminino na doutrina Daimista. Mandrágora, 29(1), 133–150. https://doi.org/10.15603/ma291133-150

Edição

Seção

Dossiê: Teologia feminista: perpectivas de análise