A experiência vivida:
a trajetória religiosa de mulheres sem religião pertencentes a coletivos feministas
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mandragora.v30n1p215-235Resumo
As pesquisas que abordam mulheres e religião têm se dedicado, especialmente, em análises que buscam compreender como as relações de poder se estabelecem sobre o gênero feminino dentro dessas instituições. Ainda não foram encontradas pesquisas que joguem luz para a compreensão do fenômeno do crescimento do número de mulheres que se declaram sem religião. Neste trabalho, portanto, objetiva-se apresentar a trajetória religiosa de mulheres sem religião pertencentes a coletivos feministas, demonstrando os elementos que contribuíram para seu afastamento das instituições religiosas.
Das oito mulheres entrevistadas, sete vem de famílias católicas e uma de família já sem laços institucionais. Todas elas romperam entre a adolescência e a fase adulta os laços com suas instituições religiosas e permanecem assim até os dias atuais. O afastamento das instituições religiosas ocorreu devido às suas vivências religiosas particulares nas igrejas correlacionadas às suas origens étnicas, seu gênero e sua orientação sexual. Seus relatos, portanto, não representam apenas um retorno ao passado, mas uma tomada de posição em suas próprias vidas e que nesse caso refere-se a se tornar uma mulher sem religião.
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