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A intenção deste artigo é estabelecer um resumo do estado da arte da conceituação do livro-reportagem produzido no Brasil, bem como apresentar e debater as principais características que definem as suas formas peculiares de produção. O texto apresenta os conceitos de pesquisadores que se dedicaram a entender o livro-reportagem brasileiro em suas teses de doutorado, como Lima (2009), Rogê Ferreira (1994), Catalão (2010) e Vilas Boas (2006), aliados aos depoimentos de jornalistas escritores como Fernando Morais, Ruy Castro, Zuenir Ventura e Daniela Arbex, entrevistados por Maciel (2018) a partir do método da entrevista em profundidade. Conclui-se que os jornalistas autores de livros-reportagem trabalham de forma mais autônoma, com rotinas produtivas diferentes das tradicionais em redações e buscam produzir livros que debatem os temas e personagens contemporâneos brasileiros.