Compreensão sob o signo de Abaporu? Em busca de diálogos e devorações
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/cs.v44n2p227-252Resumo
A antropofagia de Oswald de Andrade propõe devorar os valores do outro, a fim de digeri-los, criticamente. Parte do “ver com olhos livres” e oferece um diagnóstico e um prognóstico da brasilidade. Andrade pensa a cultura brasileira, com frutos que podem ser vistos na Tropicália, no Teatro Oficina e no Manguebeat. Da gula (Flusser) à iconofagia (Baitello Junior), passando pela mestiçagem (Pinheiro), a poética oswaldiana provoca a pesquisa comunicacional brasileira e deixa-nos uma possível filosofia antropófaga, que parece ter contatos com a ecologia dos saberes (Santos) e o pensamento complexo (Morin). Em busca de “abraçar diferenças” (Künsch; Passos), nossa dúvida – daí o ensaio como metodologia – é sobre a possibilidade de pensarmos a compreensão como uma relação (Buber) que envolve o comer e a abertura para ser comido.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Comunicação & Sociedade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Conteúdos publicados pela revista estão licenciados sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Os autores mantém seus direitos de autoria, e a citação é permitida, identificando a fonte (da autoria e do periódico).