NECESSÁRIAS: REPENSANDO O PAPEL DAS UBS’S A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DE MULHERES NA INTEGRALIDADE DO CUIDADO NA AMAZÔNIA PARAENSE

Resumo

Este trabalho analisa a necessidade de reescrever o papel das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na Amazônia, visando um atendimento mais inclusivo e intercultural para os grupos sociais, sobretudo, as mulheres ribeirinhas, quilombolas, indígenas e da floresta. Embora a presença das UBS’s represente um avanço significativo para a saúde coletiva, os modelos atuais carecem de uma abordagem que inter-relacione diferentes saberes plurais nas sociobiodiversidade em sua complexidade política, cultural, subjetiva, econômica e de expressões religiosas. O artigo destaca a necessidade de pensar os territórios-corpos de mulheres que destinam suas vidas ao cuidado comunitário nas práticas de cura diversas e propõe que seus saberes e memórias sejam escutados com atenção pelo sistema de saúde por meio da equidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa colaboração é essencial para promover um atendimento que respeite e valorize os modos de vida no cotidiano ao deslocar as lógicas excludentes no sistema de saúde brasileiro por meio da integralidade do cuidado.