ENTRE A FÉ E O MEDO
A FORMAÇÃO DO DISCURSO ANTICOMUNISTA NA IMPRENSA DA IGREJA PRESBITERIANA FUNDAMENTALISTA DO BRASIL (1957-1983)
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v39n2pe2025-017Palavras-chave:
Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil, Imprensa, AnticomunismoResumo
Durante a segunda metade do século XX no Brasil, o uso da imprensa por grupos religiosos se intensificou para a propagação do discurso político conservador. A partir de 1957, sob os rótulos de “Credo Vermelho”, “Inimigos do Regime” e “Sistema Tirânico”, os leitores do jornal A Defesa, periódico da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil e fundado pelo Rev. Israel Furtado Gueiros, eram instigados a manter vigilância contra o avanço comunista. Nesse contexto, as propostas políticas da esquerda eram representadas como ameaça à liberdade religiosa e aos valores cristãos no país. Para legitimar o discurso, os redatores faziam a comparação com o capitalismo, visto como um modelo econômico avançado, enquanto o socialismo era retratado como o atraso e o subdesenvolvimento. A partir do periódico A Defesa e das contribuições da História Cultural, analisamos como os presbiterianos fundamentalistas construíram as suas identidades e a percepção do outro, inseridos em debates internacionais de fortalecimento das políticas autoritárias.
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