EQUANIMIDADE (UPEKṢĀ) NO PENSAMENTO MAHĀYĀNA
ANÁLISE DO CONCEITO E APONTAMENTOS SOBRE PERTENCIMENTO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v39n3pe2025-028Palavras-chave:
equanimidade, upekṣā, Mahāyāna, Nāgārjuna, pertencimento socialResumo
O presente artigo analisa o conceito de equanimidade (upekṣā) na tradição budista Mahāyāna e propõe uma reflexão sobre sua aplicação como base ética para o pertencimento social. A pesquisa toma como referência três textos fundamentais: o Akṣayamatinirdeśa-sūtra, o Mahāprajñāpāramitāśāstra e o Lamrim Chenmo, que apresentam diferentes perspectivas hermenêuticas sobre a prática e o significado da equanimidade. Em Nāgārjuna, a equanimidade é descrita como a superação dos apegos e aversões gerados pelos sentimentos de amor, compaixão e alegria, constituindo o fundamento para a mente do despertar (bodhicitta). No Akṣayamatinirdeśa-sūtra, ela é exposta em três dimensões, com as aflições, para proteger a si e aos outros, e em relação ao oportuno e ao inoportuno, enquanto em Tsongkhapa é definida como “imensurável”, por libertar o praticante das aflições e favorecer uma atitude estável e imparcial diante dos seres. Por fim, argumenta-se que o cultivo da equanimidade possibilita um pertencimento equânime, capaz de sustentar relações sociais pautadas em respeito, equilíbrio e reconhecimento mútuo.
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