O vazio e a “comunidade que vem”: reflexões político-teológicas desde a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/er.v35n1p29-48Resumo
Esse artigo tem a comunidade no contexto da pandemia da COVID-19 como um conceito organizador. Com os cenários de isolamento social, as perguntas pelo “viver junto” e o “viver só” tornam-se latentes. Para ensaiar possibilidades prático-teóricas para o problema do viver comum, organizei esse artigo a partir das seguintes temáticas: i) a aproximação entre a comunidade e o imaginário da trindade, com novas possibilidades de leitura a partir das noções de “makom” e de “pericórese”; ii) a reflexão sobre a “comunidade que vem” e as propostas de dessubjetivação e esvaziamento de uma noção ideal e colonial de humanidade; e iii) as leituras teológicas sobre a graça e as “brechas” possíveis para a constituição de arranjos éticos comuns. O movimento do texto, portanto, nos coloca diante do dilema da vida na pandemia e, nesse cenário de insegurança, ensaia estratégias imaginativas que assumem o vazio (de deus e do humano) para nos arriscarmos em uma (im)possibilidade da vida em relação.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Estudos de Religião
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.