O vazio e a “comunidade que vem”: reflexões político-teológicas desde a pandemia da COVID-19

Autores

  • Daniel Santos Souza

DOI:

https://doi.org/10.15603/2176-0985/er.v35n1p29-48

Resumo

Esse artigo tem a comunidade no contexto da pandemia da COVID-19 como um conceito organizador. Com os cenários de isolamento social, as perguntas pelo “viver junto” e o “viver só” tornam-se latentes. Para ensaiar possibilidades prático-teóricas para o problema do viver comum, organizei esse artigo a partir das seguintes temáticas: i) a aproximação entre a comunidade e o imaginário da trindade, com novas possibilidades de leitura a partir das noções de “makom” e de “pericórese”; ii) a reflexão sobre a “comunidade que vem” e as propostas de dessubjetivação e esvaziamento de uma noção ideal e colonial de humanidade; e iii) as leituras teológicas sobre a graça e as “brechas” possíveis para a constituição de arranjos éticos comuns. O movimento do texto, portanto, nos coloca diante do dilema da vida na pandemia e, nesse cenário de insegurança, ensaia estratégias imaginativas que assumem o vazio (de deus e do humano) para nos arriscarmos em uma (im)possibilidade da vida em relação.

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Publicado

2024-07-23

Como Citar

Souza, D. S. (2024). O vazio e a “comunidade que vem”: reflexões político-teológicas desde a pandemia da COVID-19 . Estudos De Religião, 35(1), 29–48. https://doi.org/10.15603/2176-0985/er.v35n1p29-48