Entre a rejeição moral e o acolhimento pastoral: diferentes percepções e práticas na Igreja Católica em relação à população LGBTQIA+
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v38n1p113-135Palavras-chave:
homossexualidade; transexualidade; dignidade humana; LGBTIfobia; católicos LGBTs.Resumo
O Brasil é um país predominantemente cristão e o primeiro colocado em violência LGBTIfóbica a nível mundial. Esta violência se inicia pela marginalização das pessoas LGBTQIA+ em diferentes perspectivas, mas é no campo religioso que se tem mais dificuldade de combatê-la. O imaginário heteronormativo se baseia em interpretações da Tradição e da Doutrina que conduzem esta população às periferias existenciais, produz a LGBTIfobia estrutural e interfere diretamente na afirmação da dignidade destas pessoas. A existência e a sobrevivência da população LGBTQIA+ estão relacionadas com a quebra de tabus dentro das instituições religiosas. Há grupos de católicos dissidentes de gênero e sexualidade que se organizam e praticam uma Teologia de inclusão e integração, enfrentam os fundamentalismos e combatem a LGBTIfobia estrutural. Com base na afirmação da dignidade humana, promovendo a atualização da Doutrina e apoiados nos valores cristãos de amor ao próximo propagados por Papa Francisco, estes grupos tomam para si o protagonismo e agem motivados pelos ensinamentos de Jesus de Nazaré que não silenciou diante das estruturas de opressão. Como discípulas/os/es deste que veio para que todos tenham vida, a Rede Nacional de grupos católicos LGBTs está fazendo história dentro da Igreja Católica e na sociedade brasileira.
Palavras-chave: homossexualidade; transexualidade; dignidade humana; LGBTIfobia; católicos LGBTs.
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