Revisões integrativas em Psicologia: modelos, definições e características
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v31n1p77-86Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de analisar o uso do método de revisão integrativa em dissertações e teses defendidas nos Programas de Pós-graduação em Psicologia (PPGPsi) brasileiros. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa de literatura em trabalhos defendidos em PPGPsi que utilizaram tal método de revisão. O levantamento da literatura foi realizado em um total de cinco etapas, selecionando os textos na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), com os descritores “Psicologia” e “revisão integrativa”. Foi selecionada uma amostra de 51 teses e dissertações. Nos resultados, foram identificadas seis definições distintas de revisões integrativas em 45% dos trabalhos. Em 55% dos trabalhos não foram identificadas definições do método. Foram identificadas cinco variações de etapas categorizadas como referenciadas em 45% dos trabalhos e em 47% dos trabalhos foram descritas etapas não referenciadas de construção. Os demais 8% dos trabalhos não apresentaram descrições do método. Foram identificados nove argumentos favoráveis ao uso das revisões integrativas em Psicologia, sendo “permite uma síntese do conhecimento” o mais utilizado, o qual apareceu em 35% dos trabalhos. Há uma ampla apresentação de argumentos favoráveis ao uso de revisões integrativas, com baixa ponderação em relação às suas limitações. Conclui-se que há baixo consenso acerca da definição e das etapas necessárias à execução do método e que, portanto, há necessidade de uma proposta de diretrizes mínimas para a construção de revisões integrativas em Psicologia.
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