Mulheres, pretas e lésbicas: repensando a saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v31n1p87-94Resumo
O artigo destaca o quanto corpos femininos, pretos e homossexuais são vistos como antinômicos. Problematizamos o tema da saúde mental considerando o espectro misógino, racista e homofóbico que circula e fundamenta os meios de verdade e moral. Este ensaio teórico-crítico se propõe a apresentar o conceito de saúde mental, o ser mulher, preta e lésbica e a relação entre os dois tópicos. O impacto das estruturas sociais no modo de construir sua existência, sendo que a mulher, preta e lésbica é suprimida da vivência seja da sua individualidade, seja quanto ao seu papel na sociedade. Por fim, propomos lançar vistas a problemática da lesbianidade preta com o intuito de provocar políticas públicas efetivas e tensões nas subjetividades colonizadas. Explicitamos, portanto, o quanto corpos femininos, negros e homossexuais sofrem e são executados diante da lógica da necropolítica.
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