Marcadores sociais, estigma e narrativas de risco e saúde na testagem rápida para HIV entre usuários e profissionais da saúde
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v31n2p77-87Palavras-chave:
HIV/Aids; estigma; infecções sexualmente transmissíveis; aconselhamentoResumo
Objetivo: Analisar como as narrativas de profissionais e usuários articulam noções como risco e promiscuidade na identificação de quais usuários deveriam realizar o aconselhamento e o teste rápido para HIV na atenção primária. Método: Pesquisa qualitativa com 10 usuários e 8 profissionais da atenção primária de Porto Alegre, que responderam a uma entrevista semi-dirigida, analisada a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Discursiva. Os resultados foram organizados em um mapa discursivo que aponta os preconceitos e estigmas associados à temática. Dentre os motivos para a escolha das pessoas que deveriam realizar o teste, surgem questões relacionadas à idade, gênero, vulnerabilidade, uso de substâncias e à ideia de pessoas “promíscuas”, que fazem “mais sexo” e têm “muitos parceiros”. É importante notar que o uso do preservativo, um dos elementos centrais que define a exposição, nem sempre estava presente, produzindo um discurso estigmatizador e moral em relação às vivências e práticas.
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