Marcadores sociais, estigma e narrativas de risco e saúde na testagem rápida para HIV entre usuários e profissionais da saúde

Autores

  • Kátia Bones Rocha
  • Alice Martins Abadi
  • Betina Beltrame
  • Adolfo Pizzinato

DOI:

https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v31n2p77-87

Palavras-chave:

HIV/Aids; estigma; infecções sexualmente transmissíveis; aconselhamento

Resumo

Objetivo: Analisar como as narrativas de profissionais e usuários articulam noções como risco e promiscuidade na identificação de quais usuários deveriam realizar o aconselhamento e o teste rápido para HIV na atenção primária. Método: Pesquisa qualitativa com 10 usuários e 8 profissionais da atenção primária de Porto Alegre, que responderam a uma entrevista semi-dirigida, analisada a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Discursiva. Os resultados foram organizados em um mapa discursivo que aponta os preconceitos e estigmas associados à temática. Dentre os motivos para a escolha das pessoas que deveriam realizar o teste, surgem questões relacionadas à idade, gênero, vulnerabilidade, uso de substâncias e à ideia de pessoas “promíscuas”, que fazem “mais sexo” e têm “muitos parceiros”. É importante notar que o uso do preservativo, um dos elementos centrais que define a exposição, nem sempre estava presente, produzindo um discurso estigmatizador e moral em relação às vivências e práticas.

Downloads

Publicado

2024-07-25

Como Citar

Rocha, K. B., Abadi, A. M., Beltrame, B., & Pizzinato, A. (2024). Marcadores sociais, estigma e narrativas de risco e saúde na testagem rápida para HIV entre usuários e profissionais da saúde. Mudanças, 31(2), 77–87. https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v31n2p77-87