
O objetivo deste artigo é compreender como as mortes violentas de pessoas comuns e suas reverberações midiáticas são tratadas no campo da Comunicação, com foco na construção de sentidos sobre a violência e na abordagem de sua condição estrutural. Para isto, analisamos artigos sobre a cobertura midiática de assassinatos, publicados em 26 periódicos do campo comunicacional, classificados com Qualis Capes A2 e B1. A partir dos modos de identificação das vítimas e das circunstâncias de aparição das mortes, em interação com as formas de nomear a violência, presentes nas dimensões empírica e analítica dos artigos, elaboramos um panorama dos silêncios e ausências nas construções epistêmicas midiáticas e acadêmicas sobre a violência no Brasil.