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Este artigo tem como objetivo tratar a fotografia como um mecanismo de emulação no processo de construção da notícia, capaz de inserir-se nas relações socioeconômicas e apresentar-se na História como “outro real”. A emulação impõe um conflito aparente com o referente da imagem e atua – concomitantemente – como igual, similar e rival dos acontecimentos do mundo. A partir de dois exemplos da fotografia institucional – as imagens das instalações da hidrelétrica de Itaipu e a imagem da cúpula da Casa Branca assistindo às ações de captura e morte de Osama Bin Laden – o conceito de emulação é proposto em tensionamento com a noção de simulacro do pensador Jean Baudrillard, valendo-se das contribuições de autores como Vilém Flusser e Norval Baitello Júnior para entender as relações e interferências das imagens-êmulos junto às relações sociais e culturais.