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O artigo trata da relação entre lutas sociais e redes sociais de internet a partir dos resultados de um estudo teórico e empírico sobre a experiência de integrantes de mandatos coletivos. Buscou-se discutir os impactos da nova transformação estrutural da esfera pública mediada pelas mídias digitais sobre o comportamento político dos atores sociais. Foi possível observar que a configuração atual da esfera pública demanda uma combinação entre atividade nas redes e nas ruas, exigindo dos participantes uma compreensão crítica do funcionamento e ambiguidade dos algorítimos e plataformas digitais. No caso dos mandatos coletivos brasileiros, o uso político das redes sociais de internet é reconhecido como uma estratégia adicional para a luta cotidiana, mas que não substitui a interação face a face e a ocupação do espaço público fora das telas.