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Em julho de 2020, a influencer trans Romagaga publicou um desabafo em vídeo em suas redes sociais divulgando que seu perfil no Tinder havia sido apagado pelo aplicativo.
A influencer acusou a plataforma de transfobia, o que motivou uma série de reações.
Como parte de uma pesquisa de Doutorado em andamento, buscou-se entender se o aplicativo, por meio de uma análise situada da ferramenta de denúncia, poderia ser considerado transfóbico e se existe um padrão material-discursivo de controle de permissão para a expressão de gênero de pessoas trans* nesta plataforma. Entre os resultados, destaca-se que as opções de sinalização no Tinder são genéricas e que, a partir de vieses de gênero da plataforma, podem provocar uma prática de vigilantismo e controle contra perfis dissidentes, sendo necessária uma reformulação que viabilize a contínua auditoria de práticas transfóbicas.