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Pretende-se discutir aquilo que os manuais de redação de duas agências alternativas de notícias, baseadas nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro, atribuem como parâmetros de qualidade a seus textos jornalísticos. Contrapomos o Manual de Redação e Estilo da Agência de Notícias das Favelas (FERNANDES, 2018) e o Manual da Diversidade em Jornalismo (CUNHA, WEINGRILL, 2017), da Agência Énois. Tendo em vista o comprometimento ético, a racionalidade complexa e a capacidade de transformação estética de suas narrativas, conforme tríade proposta por Cremilda Medina (1991, 2003, 2008, 2010, 2014, 2016), concluímos que o manual da Énois é estilisticamente mais ousado, enquanto o outro é convencional, tanto do ponto de vista gramatical, quanto no apego ao dado quantitativo e racionalmente verificável.