Abstract
Esta pesquisa objetivou averiguar o que dizem os docentes do gênero masculino sobre a atuação profissional com crianças de educação infantil, evidenciando se a orientação sexual dos professores pode influenciar no trabalho docente. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa do tipo descritiva, com a gravação de entrevistas, por meio da plataforma Google Meet, com três docentes que atuam na educação infantil em diferentes municípios de Mato Grosso do Sul. Os resultados obtidos evidenciam que: existem preconceitos inerentes às relações de gênero e sexualidade na educação infantil, os quais influenciam na atuação do professor homem; os professores homossexuais enfrentam maiores dificuldades que os heterossexuais e, embora sua imagem esteja erroneamente associada à feminilidade, estes sujeitos enfrentam mais preconceitos no aspecto relacional com adultos, incluindo familiares, professoras, gestão escolar etc.; já as crianças não demonstram nenhuma objeção em relação ao gênero ou orientação sexual dos professores homens. Concluímos que a educação infantil deve ser um espaço em que os docentes do gênero masculino podem e devem atuar, independentemente da sua orientação sexual, pois o mais importante é a formação desses profissionais e a capacidade para trabalhar com crianças pequenas.

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