ESPIRITUALIDADE AMAZÔNICA DOS PAITER-SURUÍ E JUSTIÇA CLIMÁTICA
INTERFACES ENTRE RELIGIÃO, ÉTICA E NATUREZA
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v39n2pe2025-019Palavras-chave:
Espiritualidade indígena, Paiter-Suruí, Justiça Climática, Religião, Mudanças ClimáticasResumo
O presente artigo investiga as interfaces entre religião, espiritualidade indígena e justiça climática, tendo como foco a cosmovisão e as práticas ambientais do povo Paiter-Suruí, na Amazônia brasileira. Partindo do contexto da emergência climática global, discute-se como a espiritualidade desse povo constitui um horizonte epistemológico e ético fundamental para enfrentar os desafios contemporâneos da crise socioambiental. A pesquisa, de caráter bibliográfico e analítico-crítico, mobiliza fontes nacionais e internacionais em diálogo com a literatura indígena e a teologia ecológica, a fim de evidenciar o papel das práticas espirituais Paiter-Suruí no manejo sustentável da floresta, na resistência política e na promoção da justiça climática. Os resultados apontam que a espiritualidade Paiter-Suruí integra cosmologia, ética e política em um projeto de vida que valoriza a reciprocidade, o cuidado e a interdependência entre humanos e natureza, oferecendo um paradigma alternativo às abordagens hegemônicas de sustentabilidade. Conclui-se que a inclusão de epistemologias indígenas no debate sobre mudanças climáticas amplia a compreensão de justiça climática e fortalece as possibilidades de construção de políticas ambientais mais justas e eficazes.
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