Percepção dos indivíduos no início do período de quarentena e isolamento social devido à pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v30n1p1-10Resumo
Este trabalho buscou identificar as percepções associadas à pandemia da Covid-19 no Brasil, além de avaliar se tais percepções têm relação com a presença ou ausência de sintomatologia ansiosa, a fim de se evidenciar diferenças e similaridades entre esses dois grupos. A amostra foi composta por 2144 pessoas, com idade média de 33,0 anos (DP = 11,73), havendo participantes de 25 estados brasileiros. Foram utilizados três instrumentos, a saber: um questionário contendo questões sociodemográficas e clínicas, a escala para sintomas de Transtorno de Ansiedade Generalizada (GAD-2) e a técnica de evocação livre de palavras, usando-se o termo indutor “Coronavírus”. Os dados foram coletados por meio de plataforma eletrônica, com convite para participação feito por meio de divulgação em redes sociais. Nos principais resultados, constatou-se que os participantes classificados como tendo sintomatologia ansiosa significativa (36,3%; n = 778) exibiram uma visão mais catastrófica, negativista e pessimista a respeito do presente e do futuro. Por outro lado, viu-se que pessoas sem sintomatologia ansiosa (63,7%; n = 1366) apresentaram um repertório adaptativo mais amplo e objetivo no que tange ao Coronavírus, o que sugere a compreensão de que a quarentena e o isolamento social parecem ter sido entendidos como formas de cuidado e um meio para incentivar a esperança de superação da pandemia. Como conclusão, acredita-se que os achados deste estudo podem nortear a compreensão de como a sintomatologia ansiosa afeta o comportamento em saúde na pandemia do Coronavírus, auxiliando no planejamento e promoção de saúde física e mental frente à Covid-19.
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