Pensar a psicossomática
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-0985/mu.v30n1p105-109Resumo
Propomos uma reflexão epistemológica sobre a psicossomática enquanto abordagem clínica da Interação Mente-Corpo em uma perspectiva biopsicossocial. Pensar sobre a psicossomática impõe-se situá-la, pois muitos autores tendem a apresentar a psicossomática como se ela se constituísse em uma concepção bem estabelecida e delimitada, quando verdadeiramente não o é, aliás, se apresenta como algo muito distante desta pretensão.
Como todo conceito situado na fronteira de diferentes saberes é impregnado e recebe diversos entendimentos e concepções, de forma que acabam se tornando e se mostrando verdadeiras Torres de Babel. Este mito pode ser usado, para ponderar, pensar, a dificuldade em delimitar o significado do termo psicossomática, que resultou em prejuízos em seu desenvolvimento, tanto em seu conteúdo teórico como prático, gerando inúmeros mal-entendidos que provocaram sérias e danosas repercussões na produção do conhecimento e na sua aplicabilidade clínica. A crítica, tão presente, sobre o dualismo é pensada e de como tão facilmente ela manifesta-se, bem como o necessário cuidado das intersecções epistemológicas. Recupera uma expressão de Freud da qual ele nunca abriu mão: a equação etiológica e que deveria estar na base do pensamento clínico em psicossomática.
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