O PLANO DE PASTORAL DE CONJUNTO DA CNBB (1966-1970)
SECULARIZAÇÃO E RECONFIGURAÇÃO DO CATOLICISMO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v39n2pe2025-018Palavras-chave:
Concílio Vaticano II, Plano Pastoral de Conjunto, Secularização, BurocraciaResumo
Este artigo analisa o Plano de Pastoral de Conjunto (PPC) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1966-1970 sob a perspectiva da sociologia de Max Weber, interpretando-o como um marco na institucionalização da racionalidade formal-legal na Igreja Católica brasileira. Argumenta-se que o PPC, embora imbuído do espírito renovador do Concílio Vaticano II, representa um processo paradigmático de secularização endógena. Utilizando conceitos weberianos como racionalidade formal e material, ação racional com relação a fins, dominação racional-legal ou burocratização e a tensão entre carisma e burocracia, o texto demonstra como a recepção conciliar no Brasil traduziu-se na adoção de metodologias seculares de planejamento, transformando a missão religiosa em um complexo sistema administrativo. A análise revela as tensões dialéticas entre tradição e modernidade, entre estruturas carismáticas (como as Comunidades Eclesiais de Base) e a macroestrutura burocrática, evidenciando como a Igreja brasileira buscou conciliar eficiência gerencial com autenticidade espiritual.
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