IMPACTO DO USO DAS REDES SOCIAIS NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO INTERATIVO

Raquel Borges de Moraes; Manoel Antônio dos Santos; Érika Arantes de Oliveira-Cardoso

doi:10.15603/2176-1019/mud.v33.pe2025-018

IMPACTO DO USO DAS REDES SOCIAIS NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES

ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO INTERATIVO

Autores

Raquel Borges de Moraes Universidade de São Paulo
Manoel Antônio dos Santos Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-8214-7767
Érika Arantes de Oliveira-Cardoso Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-5129-4227

DOI:

https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v33.pe2025-018

Palavras-chave:

Transtornos alimentares, Mídia, Redes sociais, Psicoeducação

Resumo

Os Transtornos Alimentares (TAs) têm origem multifatorial, e o uso intensivo de redes sociais está diretamente relacionado à manutenção e agravamento dos sintomas. A exposição prolongada a padrões de beleza idealizados nas mídias sociais promove insatisfação corporal e comportamentos prejudiciais à saúde. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de elaboração e validação de um vídeo educativo sobre os impactos do uso das redes sociais digitais na predisposição e manutenção dos sintomas de TAs. Dez pacientes diagnosticados com TAs, acompanhados em um ambulatório multiprofissional, participaram de entrevistas semiestruturadas e grupos focais. O material transcrito foi submetido à análise de conteúdo e os dados foram utilizados para elaboração do roteiro do vídeo. Foram seguidas as diretrizes de produção de materiais audiovisuais. O vídeo foi submetido à análise de profissionais de saúde, que mostrou os desafios de criar representações neutras no vídeo, evitando a associação das imagens com padrões corporais estereotipados. Também se discutiu a importância de conscientizar o público sobre os riscos do uso indiscriminado das redes sociais e como a exposição às plataformas pode tanto agravar quanto apoiar a recuperação dos pacientes. Os vídeos educativos são ferramentas valiosas para disseminar informações sobre saúde mental, mas sua produção ainda enfrenta dificuldades para atender às demandas específicas relacionadas à saúde mental e à criação de personagens inclusivos e não estereotipados.

Biografia do Autor

Raquel Borges de Moraes, Universidade de São Paulo

Doutoranda em psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP). Mestre em psicologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); Especialista em Teorias Psicanalíticas pela Universidade de Uberaba (UNIUBE) e psicóloga clínica. Graduada em Psicologia pela UFTM. Colaboradora de pesquisa e psicóloga do Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (GRATA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP).

Manoel Antônio dos Santos, Universidade de São Paulo

Professor Titular da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP). Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da FFCLRP-USP. Membro Titular da Academia Paulista de Psicologia (cadeira 33). Coordenador da equipe de psicologia do Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (GRATA), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP). Coordenador do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Psicologia da Saúde - LEPPS (FFCLRP-USP-CNPq) e supervisor de estágio do Grupo de Ação e Pesquisa em Diversidade Sexual e de Gênero - VIDEVERSO (FFCLRP-USP). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Brasil (CNPq), categoria 1A.

Érika Arantes de Oliveira-Cardoso, Universidade de São Paulo

Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP). Psicóloga do Departamento de Psicologia da FFCLRP-USP. Coordenadora do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Psicologia da Saúde - LEPPS (FFCLRP-USP-CNPq) e da equipe de psicologia do Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (GRATA), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP). Coordenadora do LUTE - grupo de pesquisa e intervenção em Lutos e Terminalidades da FFCLRP-USP. Supervisora do Grupo de Ação e Pesquisa em Diversidade Sexual e de Gênero - VIDEVERSO (FFCLRP-USP).

Publicado

2025-11-19

Como Citar

Borges de Moraes, R., Antônio dos Santos, M., & Arantes de Oliveira-Cardoso, Érika. (2025). IMPACTO DO USO DAS REDES SOCIAIS NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO INTERATIVO. Mudanças: Psicologia Da Saúde, 33, e2025–018. https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v33.pe2025-018

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Edição

v. 33 (2025): Mudanças - Psicologia da Saúde, jan-dez. (publicação em fluxo contínuo)

Seção

Artigos

Licença

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Chamada para Submissão de Artigos ao dossiê: Mulheres e saúde mental no mundo contemporâneo: olhares e(m) perspectivas interdisciplinares”

agosto 22, 2025

Organização:

Prof. Dr. Cristiano de Jesus Andrade – PPGPS - Universidade Metodista de São Paulo – UMESP.

Profa. Dra. Elaine Pereira Daroz – PPGCL – Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP.

Profa. Dra. Marcela Silva Baccelli – Universidade de Uberaba –UNIUB.

CHAMADA PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS – DOSSIÊ TEMÁTICO

Vivemos uma era de rápidas transformações sociais, culturais e econômicas que impactam diretamente a saúde mental feminina. Nesse contexto, é fundamental produzir conhecimento que dialogue entre teoria e prática, a partir de estudos da Psicologia, Psicanálise e Análise do discurso, a fim de construir pontes entre o saber acadêmico e as práticas sociais.

Em seu caráter interdisciplinar, o dossiê tem como objetivo reunir estudos que analisem, sob múltiplos olhares, as condições que atravessam a saúde mental de mulheres, considerando as intersecções entre fatores individuais, coletivos, históricos e culturais. Sob esse viés, são bem-vindos artigos que dialoguem com temas inerentes às reflexões sobre a saúde mental de mulheres mediante as implicações da conciliação maternidade e trabalho, conjugalidade; estigmatizações e hierarquizações do corpo feminino, feminismos, interseccionalidade, silenciamentos e demais questões que atravessam o ser mulher na atualidade.

Serão aceitos estudos teóricos e práticos, incluindo revisões da literatura, ensaios, estudos de caso e análises discursivas de materialidades diversas, tais como: midiáticas, jurídicas, educacionais, literárias, entre outras.

Participe enviando seu trabalho, integrando um dossiê com alcance nacional e internacional que visa uma escuta e acolhimento às questões que constituem a mulher na sociedade atual.